quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

SENACEM agradece!

Escrevemos para agradecer imensamente o apoio de tod@s na realização do SENACEM. Destacamos, de modo especial, a Faculdade de Educação (FE), da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), e as universidades do Nordeste como a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal do Ceará (UFC) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). O sucesso e a repercussão do evento tem a marca da dedicação de tod@s que ministraram oficinas, minicursos, coordenaram Grupos de Discussão, debateram nas mesas, apresentaram suas ideias em conferências, contribuiram como monitores, apresentaram trabalhos, enfim, participaram de alguma forma da articulação e da realização do seminário. Só muitas mãos, cabeças e corações para realizar atividade tão vibrante, com debates tão acalorados, com aprendizagens diversas. Estamos, agora, cuidando da conclusão do e-book com os anais do evento.

Muito obrigado por tudo!

Grande abraço,

Jean
Coordenador do evento

Segue algumas fotos do evento:



























Seleção do PET Pedagogia

O PET Pedagogia abre seleção nas modalidades de bolsista e voluntário. as inscrições serão feitas entre os dias 8 e 14 de dezembro nos períodos manhã, tarde e noite, na sala do PET Pedagogia - Faculdade de Educação (FE) da UERN, Campus Central.

Pode se inscrever aluno(a) regularmente matriculado(a) no curso de Pedagogia da UERN com Índice de Rendimento Acadêmico (IRA) igual ou superior a 7(sete), que não acumule outro tipo de bolsa e não desenvolva qualquer atividade remunerada.

Documentação necessária:
a) Preenchimento da ficha de inscrição;
b) Cópia da identidade;
c) CPF;
d) Comprovante de residência;
e) Via impressa do histórico;
f) Comprovante da regularidade da matrícula em 2011.2;
g) Cópia atualizada do curriculo lattes.

Vagas:
Serão selecionados 1(um) bolsista que esteja cursando entre o 2° e o 4° período do curso de Pedagogia, e até 6(seis) vagas para atuação volutária, que esteja cursando qualquer período.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sobre a ocupação na USP

Muito além da polêmica sobre a presença ou não da PM no campus da USP

04/11/11 por raquelrolnik¹

Ontem participei, a convite do Grêmio da FAU, de um debate sobre a questão da segurança na USP e a crise que se instalou desde a semana passada, quando policiais abordaram estudantes da FFLCH, cujos colegas reagiram. Além de mim, estavam na mesa  o professor Alexandre Delijaicov, também da FAU, e um estudante, representando o movimento de ocupação da Reitoria.

Para além da polêmica em torno da ocupação da Reitoria, me parece que estão em jogo nessa questão três aspectos que têm sido muito pouco abordados. O primeiro refere-se à estrutura de gestão dos processos decisórios dentro da USP: quem e em que circunstâncias decide os rumos da universidade? Não apenas com relação à presença da Polícia Militar ou não, mas com relação à existência de uma estação de metrô dentro do campus ou não, ou da própria política de ensino e pesquisa da universidade e sua relação com a sociedade. A gestão da USP e de seus processos decisórios é absolutamente estruturada em torno da hierarquia da carreira acadêmica.

Há muito tempo está claro que esse modelo não tem capacidade de expressar e representar os distintos segmentos que compõem a universidade, nem de lidar com os conflitos, movimentos e experiências sociopolíticas que dela emergem. O fato é que a direção da USP não se contaminou positivamente pelas experiências de gestão democrática, compartilhada e participativa vividas em vários âmbitos e níveis da gestão pública no Brasil. Enfim, a Universidade de São Paulo não se democratizou.

Um segundo aspecto diz respeito ao tema da segurança no campus em si. É uma enorme falácia, dentro ou fora da universidade, dizer que presença de polícia é sinônimo de segurança e vice-versa. O modelo urbanístico do campus, segregado, unifuncional, com densidade de ocupação baixíssima e com mobilidade baseada no automóvel é o mais inseguro dos modelos urbanísticos, porque tem enormes espaços vazios, sem circulação de pessoas, mal iluminados e abandonados durante várias horas do dia e da noite. Esse modelo, como o de muitos outros campi do Brasil, foi desenhado na época da ditadura militar e até hoje não foi devidamente debatido e superado. É evidente, portanto, que a questão da segurança tem muito a ver com a equação urbanística.

Finalmente, há o debate sobre a presença ou não da PM no campus. Algumas perguntas precisam ser feitas: o campus faz parte ou não da cidade? queremos ou não que o campus faça parte da cidade? Em parte, a resposta dada hoje pela gestão da USP é que a universidade não faz parte da cidade: aqui há poucos serviços para a população, poucas moradias, não pode haver estação de metrô, exige-se carteirinha para entrar à noite e durante o fim de semana. Tudo isso combina com a lógica de que a polícia não deve entrar aqui. Mas a questão é maior: se a entrada da PM no campus significa uma restrição à liberdade de pensamento, de comportamento, de organização e de ação política, nós não deveríamos discutir isso pro conjunto da cidade? Então na USP não pode, mas na cidade toda pode? Que PM é essa?

Essas questões mostram que o que está em jogo é muito mais complexo do que a polêmica sobre a presença ou não da PM no campus.

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1- Urbanista. Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Relatora especial da Organização das Nações Unidas.

Apenas para refletir

Desabafo de quem tava lá [Reintegração de Posse]

por Shayene Metri, terça, 8 de Novembro de 2011 às 23:10

Cheguei na USP às 3h da manhã, com um amigo da sala. Ia começar o nosso 'plantão' do Jornal do Campus. Outros dois amigos já estavam lá. A ideia era passar a madrugada lá na reitoria, ou pelas redondezas. 1) para entender melhor a ocupação, conhecer e poder escrever melhor sobre isso tudo. 2) para estarmos lá caso a PM realmente aparecesse para dar um fim à ocupação.

Conversa vai, conversa vem. O tempo da madrugava passava enquanto ficávamos lá fora, na frente da reitoria, conversando com alunos da ocupação. Alguns com posicionamentos bem definidos (ou inflexíveis), outros duvidando até das próprias atitudes. A questão é: os alunos estavam lá e queriam chamar atenção para a causa (ou as causas, ou nenhuma causa)...e, por enquanto, era só. Não havia nada quebrado, depredado ou destruído dentro da tão requisitada reitoria (a única marca deles eram as pixações). A ocupação era organizada, eles estavam divididos em vários núcleos e tinham medidas pra preservar o ambiente. Aliás, nada de Molotov.

Mais conversa foi jogada fora, a fogueira que aquecia se apagou várias vezes e eu levantei a pergunta pra alguns deles: e se a PM realmente aparecesse lá logo mais? Seria um tiro no pé dela? Ela sairia como herói? Os poucos que conversavam comigo (eram uns 4, além dos amigos da minha sala) ficaram divididos. "Do jeito que a mídia está passando as coisas, eles vão sair como heróis de novo", disse um. "Se ele vierem vai ter confronto e isso já vai ser um tiro no pé deles", disse outra. Mas, numa coisa eles concordavam: poucos acreditavam que a PM realmente ia aparecer.

Eu achava que a PM ia aparecer e muito provavelmente isso que me fez ficar acordada lá. Não demorou muito e, pronto, muita coisa apareceu. A partir daí, meu relato pode ficar confuso, acho que ainda não vou conseguir organizar tudo que eu vi hoje, 08 de novembro.

Muitos PMs chegaram, saindo de carros, motos, ônibus, caminhões. Apareceram helicópteros e cavalaria. Nem eu e, acredito, nem a maior parte dos presentes já tinham visto tanto policial em ação. Estávamos em 5 pessoas na frente da reitoria. Dois estudantes que faziam parte da ocupação, eu e mais 2 amigos da minha sala, que também estavam lá por causa do JC. Assim que a PM chegou, tudo foi muito rápido: os alunos da ocupação que estavam com a gente sugeriram: "Corram!", enquanto voltavam para dentro da reitoria. Os dois amigos que estavam comigo correram para longe da Reitoria, onde a imprensa ainda estava se posicionando para o show. Eu, sabe-se lá por qual motivo, joguei a minha bolsa para um dos meninos da minha sala e voltei correndo para frente da reitoria, no meio dos policiais que avançavam para o Portão principal [e único] da ocupação.

Tentei tirar fotos e gravar vídeos de uma PM que estava sendo violenta com o nada, para nada. Os policiais quebravam as cadeiras no carrinho, faziam questão do barulho, da demonstração da força. Os crafts com avisos dos estudantes, frases e poemas eram rasgados, uma éspecie de símbolo. Enquanto tudo isso acontecia, parte da PM impedia a imprensa de chegar perto da área, impedindo que os repórteres vissem tudo isso. Voltando para confusão onde eu tinha me enfiado: os PMs arrombaram a porta principal, entraram (um grupo de mais ou menos 30, eu acho) e, logo em seguida, fecharam o portão. Trancaram-se dentro da reitoria com os alunos. Coisa boa não era.

Depois disso, o outro grupo de PMs,que impedia a mídia de se aproximar dessas cenas que eu contei , foi abrindo espaço. Quer dizer, não só abrindo espaço, mas também começando (ou fortalecendo) uma boa camaradagem para os repórteres que lá estavam atrás de cenas fortes e certezas.
"Me sigam para cá que vai acontecer um negócio bom pra filmar ali agora", disse um dos militares para a enxurrada de "jornalistas".

A cena era um terceiro grupo de PMs, arrombando um segunda porta da reitoria, sob a desculpa de que queria entrar. O repórter da Globo me perguntou (fui pra perto deles depois da confusão em que me meti com os policiais no início): "os PMs já entraram, não? Por que eles tão tentando por aqui também?". Respondi: "sim, já entraram. E provavelmente estão fazendo essa cena pra vocês terem algum espetáculo pra filmar"

A palhaçada organizada pelos policiais e alimentada pelos repórteres que lá estavam continuou por algumas horas. A imprensa ia contornando a reitoria, na esperança de alguma cena forte. Enquanto isso, PM e alunos estavam juntos, dentro da Reitoria, sem ninguém de fora poder ver ou ouvir o que se passava por lá. Quem tentasse entrar ou enxergar algo que se passava lá na Reitoria, dava de cara com os escudos da tropa de choque, até o fim.

Enquanto amanhecia, universitários a favor da ocupação, ou contra a PM ou simplesmente contra toda a violência que estava escancarada iam chegando. Os alunos pediam para entrar na reitoria. Eu pedia para entrar na reitoria. Tudo que todo mundo queria era saber o que realmente estava acontecendo lá dentro. A PM não levava os estudantes da ocupação para fora e o pedido de todo mundo era "queremos algo às claras". Por que ninguém pode entrar? Por que ninguém pode sair?

Enquanto os alunos que estavam do lado de fora clamavam para entrar, ouvi de um grupo de repórteres (entre eles, SBT): "Não vamos filmar essas baboseiras dos maconheiros não! O que eles pedem não merece aparecer". Entre risadas, pra não perder o bom humor. Além dos repórteres que já haviam decidido o que era verdade ou não, noticiável ou não, tinham pessoas misturadas a eles, gritando contra os estudantes, xingando. Eu mesma ouvi muitas e boas como "maconheirazinha", "raça de merda" e "marginal" .

Os estudantes que enfrentavam de verdade os policiais que faziam a 'corrente' em torno da Reitoria eram levados para dentro. Em questões de segundos, um estudante sumia da minha frente e era levado pra dentro do cerco. Para sabe-se lá o que.

Lá pras 7h30, depois de muito choro, puxões e algumas escudadas na cara, comecei a ver que os PMs estavam levando os estudantes da ocupação para dentro dos ônibus. Uma menina foi levada de maneira truculenta, essa foi a única coisa que meu 1,60m de altura conseguiu ver por trás de uma corrente da tropa de choque. Enquanto eu tentava entrar no cerco, para entender a história, a grande mídia já estava lá dentro. Fui conversar com um militar, explicar da JC. Ouvi em troca "ai, é um jornal da usp. De estudantes, não pode. Complica".

Os ônibus com os alunos presos saíram da USP. Uma quantidade imensa de outros alunos gritavam com a PM. Eu e os dois amigos da minha sala (aqueles da madrugada) pegamos o carro e fomos para a DP.
Na DP, o sistema era o mesmo e meu cansaço e raiva só estavam maiores. Enjoo e dor de cabeça, era o meu corpo reagindo a tudo que eu vi pela manhã. Alunos saiam de 5 em 5 do ônibus para dentro da DP. Jornalistas amontoados. Familiares chegando. Alunos presos no ônibus, sem água, sem banheiro, sem comida, mas com calor. Pelo menos por umas 3h foi assim.

Enquanto a ficha caia e eu revisualizava todo o horror da reintegração de posse, outras pessoas da minha sala mandavam mensagens para gente, de como a grande imprensa estava cobrindo o caso. Um ato pacífico, né Globo? Não foi bem isso o que eu vi, nem o que o JC viu, nem o que centenas de estudantes presenciaram.

Enfim, sou contra a ocupação. Sempre tive várias críticas ao Movimento Estudantil desde que entrei na USP. Nunca aceitei a partidarização do ME. Me decepciono com a falta de propostas efetivas e com as discussões ultrapassadas da maioria das assembléias. Mas, nada, nada mesmo, justifica o que ocorreu hoje. Nada pode ser explicação pra violência gratuita, pro abuso do poder e, principalmente, pela desumanização da PM.

Não costumo me envolver com discussões do ME, divulgar textos ou participar ativamente de algo político do meio universitário. Mas, como poucos realmente sabem o que aconteceu hoje (e eu acredito que muita coisa vai ser distorcida a partir de agora, por todos os lados), achei que valeria a pena escrever esse texto. Taí o que eu vi.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

II Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso


O II CONLID – Colóquio Nacional de Linguagem e Discurso¹, a ser realizado nos dias 01 e 02 de dezembro de 2011, na cidade de Mossoró/RN é uma iniciativa do Grupo de Estudos do Discurso da UERN (GEDUERN), em parceria com o  Grupo de Pesquisa em Linguística e Literatura (GPELL), o Grupo de Estudos em Tradução (GET), o Departamento de Letras Vernáculas (DLV), o Departamento de Letras Estrangeiras (DLE) e o Departamento de Arte (DART), da Faculdade de Letras e Artes (FALA) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

O Colóquio tem como objetivo proporcionar discussões de caráter interdisciplinar, sobre a relação entre sujeito e linguagem na atualidade, congregando pesquisadores e linhas de pesquisa que articulem saberes na produção de conhecimento em diferentes domínios discursivos, como forma de divulgar a produção acadêmica e propiciar intercâmbio de experiências entre pesquisadores da UERN e de outras instituições do país, em várias perspectivas teóricas.
 

Em sua 2ª edição, o Colóquio propõe uma discussão acerca da atualidade da temática do sujeito em sua relação com as práticas discursivas e modos de enunciação diversos, procurando enfatizar esse interesse nas conferências e discussões propostas em seus Grupos de Trabalho (GTs).


A proposição dessa edição do evento deve-se ainda à necessidade de ampliar as discussões realizadas na sua primeira edição e estimular novos olhares em torno da temática linguagem, sujeito e sociedade. 


Espera-se para esse evento, além de trabalhos na área da linguagem, trabalhos em áreas afins.

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1- As informações apresentadas foram extraídas do site do evento. Para realizar sua inscrição e obter mais informações visite: http://www.conlid.blogspot.com/ 

sábado, 22 de outubro de 2011

O PET PEDAGOGIA REPRESENTOU A UERN EM CONGRESSO NO RIO DE JANEIRO

O Programa de Educação Tutorial da Faculdade de Educação (PET Pedagogia) participou do Congresso Infâncias e Brinquedos Ontem e Hoje na Universidade Federal Fluminense(UFF), em Niterói (Rio de Janeiro), no período de 10 e 13 de Outubro de 2011. Na oportunidade, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) foi representada por alunos e professores da Faculdade de Educação (FE), Departamento de Apoio ao Estudante (DAE) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE).

O Congresso, discutiu pesquisas e estudos voltados à área da Infância, contendo em sua programação: Cirandas de Ideias com apresentação de comunicação oral; Mesas Redondas, Palestras e amostras culturais em todos os espaços do evento. Além das Bolsistas do Programa, outros alunos da Faculdade de Educação, Matemática e os professores Jean Mac Cole Tavares Santos (professor da FE e Tutor do PET), Giovana Carla Amorim, Vera Lúcia de Abreu e Maria das Dores Rodrigues (professoras da FE), aprovaram trabalhos completos em todos os eixos temáticos.

A participação de alunos e professores no evento contou com o apoio da Faculdade de Educação - FE, Departamento de Apoio ao Estudante - DAE e o Diretório Central dos Estudantes - DCE.

Segue algumas fotos da viagem.